sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Era uma vez, em um sonho bom...



Eu não sei o que havia chamado a minha atenção nele!
Tirando a altura (muito alto o príncipe) e o cavanhaque, ele não tinha muitos atributos que eu costumo “babar” em um cavalheiro. Eu que estava acostumada a me derreter por guerreiros cabeludos, magrelos (mas com uns músculos a vista) e morenos, agora consolava um gordinho de cachinhos e cavanhaque ruivos.

Ele havia pedido a mão de uma lady em matrimônio, mas ela lhe deu um generoso pé na bunda, com salto e tudo, acabando com seu sonho real. E como sempre me amoleço com os de coração desamparado, fui conversando, tentando acalmá-lo,para tirá-lo daquela fase insuportável de “meu reino caiu”.

Trabalhávamos juntos, eu acho, ou estávamos apenas fazendo alguns trabalhos em parceria pelos nossos reinos, o caso é que nos víamos todos os dias, e apesar dele me irritar mais do que o normal, ele me fazia rir, me divertia. E parecia que meu jeito desastrado e estourado em vez de afastá-lo, estava por fim nos aproximando. Ele gostava de me provocar, para me ver nervosa, e eu, gostava do jeito como ele me deixava nervosa, devia estar doente.

O problema foi quando em um desses dias nossos olhos se cruzaram, e em vez de fazer algo engraçado um para o outro ou apenas fazer um ar irritado, disfarçamos, olhamos para os lados, nos envergonhamos. Sabíamos o que isso significava. Eu temi porque eu já estava completamente atraída por ele, mas ele era diferente demais dos príncipes que eu idealizava, será que ia dar certo?

Ele não era um guerreiro de armadura reluzente num corcel que queria ir para os campos de batalha, estava mais para um camponês trabalhador, mas uma hora isso não fez mais diferença. Apesar de temer, e fugir a primeira vez que ele se declarou, logo estávamos caminhando de braços dados pela campina.

Seu abraço era tudo o que procurava, um abrigo, um refugio, tudo nele me envolvia cada vez mais, seu sorriso, suas idéias e então...

“O telefone, alguém atenda ao telefone! Pela minha coroa, atendam esse telefone! Droga, será que não tem ninguém no castelo?”

Me arrastando da cama atendi ao telefone, já haviam desligado, e o sonho se desfazia. Tentei voltar a dormir, mas já era tarde. Pelo menos dessa vez o príncipe não havia virado sapo, só uma doce lembrança.

Um conto de Bela Adormecida Desencantada

7 comentários:

Lee Holloway disse...

Ah, que puxa, eu já tava toda empolgada aqui imaginando que seu príncipe meio torto logo ia te dar um beijo enquanto vc dormia...

Nunca tive nem sonho bom assim... Até dormindo meus doidos me atazanam a vida e eu quero mais é acordar logo. :D

Beijos, meninas!

Anônimo disse...

Pois é Lee, pior que os meus casos não saem dos sonhos, mas já é alguma coisa, agora este precisa virar um "lucid dream" ^^

Ju disse...

Sonho? Ahh... que pena!!!

Bjos!!

Anônimo disse...

Antes de mais nada, muito obrigada pelos elogios lá no blog! Inflou meu ego um bocado, devo admitir .D
E é claro que você(s) pode(m) visitá-lo sempre, apreciem sem moeração!
E adorei isso aqui =D
E sabe, sonhar é o que me resta ultimamente... digo sobre as coisas do coração. Se você ler meus posts anteriores, vai entender melhor.
Beijão

Anônimo disse...

Vi que nos segue! Vim da uma espiada no seu canto!

Bjos

Elber M. Rock disse...

sempre assim mesmo neh?
pq a gente acorda quando nunm deve?

Branca de Neve Desencantada disse...

O mais triste da história toda é que eu que tinha ligado!


Princesa má eu sou :(

Sorry Bela, vamos achar esse príncipe dos sonhos (literalmente!).

Se alguém conhecer uma pessoa que bata com a descrição, agradecemos :)

Thanx Thanx pelos coments!